segunda-feira, 27 de julho de 2015

Eu li no jornal que solidão faz mal!

"Eu não acredito em caridade. Eu acredito em solidariedade. Caridade é tão vertical: vai de cima para baixo. Solidariedade é horizontal: respeita a outra pessoa e aprende com o outro. A maioria de nós tem muito a aprender com as outras pessoas." - Eduardo Galeano


O amor é um sentimento que tem sido esquecido nos dias de hoje. Nos perdemos em nossos problemas, nos afundamos em nossa individualidade e esquecemos de olhar para o lado. Esquecemos de perceber os problemas do outro, de abraçar quem precisa, de desviar o foco do nosso "eu".


Pensando nisso, decidi, junto com as meninas da minha igreja, fazer uma "boa ação": no dia 05 de julho, fomos fazer uma visita ao lar "Vovó Joana", um lar para idosas aqui em Curitiba.


Fomos levar um pouquinho de esperança, amor e cuidado para aquelas mulheres que são deixadas de lado pela sociedade e, por vezes, abandonas pelas famílias.


Foi um momento muito gostoso e divertido, onde pudemos perceber que nossas pequenas ações podem fazer a diferença na vida das pessoas: basta querermos.


No final desse dia tão lindo, chegamos à conclusão de que "solidariedade" é algo que não abençoa só o coração de quem recebe, mas é uma via de mão dupla, na qual a gratidão e o amor alcançam todos os envolvidos. 


Não há nada mais gratificante do que ouvir um "obrigada", ou percebê-lo nos sorrisos e olhares que recebemos na despedida.


Amar é algo que, de fato, tem sido esquecido em nossos dias... Mas não basta estarmos conscientes disso, precisamos também tomar atitudes para que ele renasça!


Agradeço a todas as meninas (e o Lucas!) que fizeram parte desse dia comigo! Vocês foram essenciais para que o desejo que havia no meu coração se concretizasse. Tenho certeza que vocês também ficaram marcadas por essas vidas cheias de histórias que nos impactaram com seus gestos de carinho e gratidão.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Quem é Jesus?

Quando saímos da base (local em que ficamos hospedados) para ir até o campo falar de Jesus, criamos em nossa cabeça uma espécie de "roteiro" para a abordagem nas casas... Não é nada formal ou "obrigatório", mas são as formas mais comuns que achamos para conversar com as pessoas. Na equipe em que eu estava, costumávamos fazer a pergunta básica "Você conhece Jesus?". As respostas erram, na maioria dos casos, afirmativas... "Conheço, acredito em Jesus, ele é tudo para mim". E assim seguíamos o nosso caminho, família após família, casa após casa...

Mas o que fazer quando a resposta que você recebe é totalmente inesperada?



Em um dos vilarejos em que estivemos presentes, entramos em uma casa e tivemos a oportunidade de nos apresentar, falar de onde nós vinhamos e o que estávamos fazendo ali... "Nós viemos de várias partes do Brasil, para compartilhar um amor que sentimos dentro de nós, e temos a necessidade de explicar para as outras pessoas... É o amor de Jesus. O senhor conhece Jesus?"

A resposta, por mais incrível que possa parecer para pessoas que vivem na cidade grande, como eu, foi "Não, eu não conheço...". Uma resposta sincera e que nos deixou, de certa forma, boquiabertos por perceber que ainda existem pessoas dentro do nosso país, que não conhecem aquele Jesus que sofreu e morreu para nos dar a vida. 

Surpresos com a reação daquele senhor humilde e sorridente, tivemos o prazer de contar a história daquele que morreu e ressuscitou em nosso lugar... E prazer maior foi poder fazer junto com ele, e mais tarde, com a sua sobrinha, uma oração na qual ambos aceitaram a Jesus como Senhor e Salvador de suas vidas.


Situações como essa, deixam em meu coração um sentimento de urgência. Existem pessoas morrendo sem ouvirem que há um Deus vivo e verdadeiro, um Pai de amor que nos cuida e nos fortalece, dia após dia. Estamos deixando de lado o foco principal da nossa vida aqui na Terra: cumprir o ide. Por muitas vezes esquecemos da necessidade de pregar o evangelho a toda a criatura, pois estamos adormecidos, acomodados em nossos bancos de igreja. Somos abençoados e atingidos pela graça de Deus e esquecemos de compartilhar as coisas das quais temos recebido.

Está na hora de despertar, olhar para o próximo, para o necessitado, e sentir compaixão... Sentir que precisamos, além de receber, compartilhar esse amor que nos resgatou e que hoje vive dentro de nós.


Respostas

Na segunda viagem que fiz ao Piauí, em janeiro de 2014, após fazer algumas visitas nos vilarejos, um questionamento entrou no meu coração: "Do que adianta eu sair da minha cidade, vir até aqui falar do amor de Jesus, se essas pessoas não terão um acompanhamento?". Criada na igreja, sempre fiz parte de uma realidade cercada de cursos, retiros, cultos toda semana e infinitas possibilidades de crescimento. Quando cheguei no Piauí, me deparei com uma realidade totalmente contrária à minha: vilarejos sem igrejas, igrejas católicas com padres que faziam missas uma vez por mês - quando conseguiam fazer -, dificuldade de acesso à igrejas próximas, entre outras dificuldades... O que eu estou fazendo aqui? - eu pensava.

Com o passar do tempo, fui conseguindo entender, a cada dia mais, a importância de falar do amor de Jesus, e a dimensão que as palavras "eu aceito Jesus como Senhor e Salvador de minha vida" tomavam quando eram ditas com fé. Mas, ainda assim, aquela dúvida incomodava o meu coração.


Todos os dias, antes de irmos ao campo evangelizar, temos um período de devocionais na Expedição... São momentos de louvor, adoração, testemunhos e aprendizado da palavra de Deus. Em um desses devocionais, o Senhor começou a falar ao meu coração, e eu abri a bíblia no livro de Romanos, capítulo 10, que diz: "Irmãos, o desejo do meu coração e a minha oração a Deus pelos israelitas é que eles sejam salvos. Pois posso testemunhar que eles têm zelo por Deus, mas o seu zelo não se baseia no conhecimento. Porquanto, ignorando a justiça que vem de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se submeteram à justiça de Deus. Porque o fim da lei é Cristo, para a justificação de todo o que crê." (NVI - versículos 1 a 4) e, em seguida, no versículo 9: "Se você confessar com a sua boca que Jesus é Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo." (NVI).

Às vezes nos prendemos tanto à liturgias e cerimônias, que nos esquecemos da essência. Criamos regras e leis em nossas cabeças, e acabamos por acreditar que Deus só se fará presente se tais regras foram cumpridas... E eu pensava assim. Por algum tempo acreditei que o Espírito Santo só habitaria na vida de alguém se ela fosse à frente em alguma igreja e repetisse uma oração... Não digo, de forma alguma, que a pessoa ir até à frente em uma igreja e fazer uma oração é errado: o que quero dizer, é que Deus trabalha na vida das pessoas de formas diferentes. Confessar é reconhecer, é falar, é declarar. E nos vilarejos em que passei, Deus me ensinou que a obra quem faz é Ele, eu sou apenas o instrumento! Não preciso ficar triste por ir embora e deixar o povoado sem nenhuma igreja, não preciso ficar decepcionada porque a pessoa não quis repetir a minha oração... Deus se agrada de corações sinceros, e mesmo sem uma oração formal ou uma repetição de palavras, se as casas pelas quais passamos creem em seu coração no nosso Salvador, e se falarem, do seu jeitinho, que acreditam em Jesus, o Espírito Santo habitará naquele lugar, e não teremos precisado de nenhuma "regra" para que isso tenha acontecido.


Nós somos instrumentos nas mãos do Senhor. Se fomos até essas casas, foi com a permissão dEle. Plantamos uma sementinha e fizemos o que estava em nosso alcance, mas devemos sempre lembrar que quem dá o crescimento é Deus (1 Coríntios 3:6), e o nosso Deus é tão criativo e perfeito, que pode usar de formas que nem imaginamos para que tal crescimento aconteça.

Muitas vezes nos apegamos à rituais e regras, e nos esquecemos da liberdade que o Espírito Santo nos dá! Ele pode nos de diversas formas: basta darmos a permissão para a sua ação em nossas vidas.

Nunca deixe que a vergonha, o medo ou a religiosidade te impeçam de falar do amor de Jesus!

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Eis-me aqui!

Na semana do dia 12 de julho, fiz uma viagem até Conceição do Canindé, uma cidade que fica no sertão do Piauí, quase 3.000 km da minha casa (em Curitiba), para fazer o que nos foi incumbido por Jesus em Marcos 16:15 : "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura."


A Expedição Missionária no Piauí é um projeto que visa levar a palavra de Deus para os povos que ainda não foram alcançados pelo amor de Jesus, aqui dentro do Brasil, mais precisamente, no sertão do Piauí. Coordenada pelo missionário Eliézer Castro, a expedição, em 2016 irá para a sua 12ª edição. O evento acontece duas vezes por ano: em janeiro e em julho, tem a duração de uma semana e a participação não tem custo nenhum, o voluntário só fica responsável pelas suas passagens de ida e volta.

No ano de 2010, meu pai, Paulo Wegner, foi participar da primeira Expedição Missionária, e um ano depois, apaixonado pelo projeto, foi com a família toda (ele, minha mãe, meu irmão e eu) fazer a obra do Senhor. Agora, em 2015, com 17 anos, decidi usar o tempo das minhas férias para ir, sozinha, até o sertão, compartilhar desse amor que transborda dentro de mim!



Pegar avião sozinha, pela primeira vez, andar mais de 10 horas de ônibus com pessoas que eu não tinha tanta intimidade (eram poucas as pessoas que eu conhecia) e ir para um lugar do outro lado do Brasil para falar de Jesus pode parecer loucura, e me atemorizou um pouco, mas, apesar do medo e da insegurança tentarem entrar no meu coração, fiquei firme nos propósitos do Senhor, e tive a certeza de que Ele cuidaria e guardaria a minha vida. Mal eu sabia, que, além do cuidado de Deus, Ele também me surpreenderia muito...

Mas contarei um pouquinho mais disso tudo nas próximas postagens...

Até a próxima! ;)

sábado, 4 de julho de 2015

inspiração

amor 
é igual inspiração
vem quando a gente menos espera
pra dizer aos nossos problemas
que eles têm solução
(ou não)